Editora Record |
Meu primeiro contato com a obra de Mirian Goldenberg foi através deste livrinho que traz em seu título uma palavra que despertou, imediatamente, meu interesse por lê-lo: insônia. A noite é um período de produção para muitos que, aproveitando a quietude da madrugada, leem, escrevem, estudam e têm ideias criativas para serem postas em prática.
As cartas da antropóloga aos jovens pesquisadores são frutos de insônias produtivas e, aparentemente, sem sofrimentos pelas quais a autora também passa. A obra é dividida em quatro partes, redigida em linguagem acessível para qualquer pessoa que tenha interesse pela antropologia. É daqueles livros que seduzem pela distância mantida da linguagem, muitas vezes pedante, da comunidade acadêmica e isso nos faz tomar gosto pelo estudo da antropologia.
Não faltam ingredientes para essa vontade de estudar mais: citações que se encaixam perfeitamente ao tom do discurso do texto, referências bibliográficas ao longo de todo o texto e comentários sobre a própria produção bibliográfica desta doutora em Antropologia Social que do alto de sua titulação não se esquece de seu título primordial: o de professora.
Das quatro partes do livro, merece especial atenção a que dá nome ao livro. A "Carta a um jovem pesquisador" segue o protocolo estrutural do gênero e além disso, usa um discurso fraterno, que seduz os novos pesquisadores. Posso assegurar que Noites de insônia é um daqueles livros que, em sua simplicidade, podem despertar um incrível ânimo nos docentes, apesar dos pesares. Leiam!
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Título: Noites de insônia: cartas de uma antropóloga a um jovem pesquisador
Autora: Mirian Goldenberg
Editora: Record (2008)
Muito bom, vou procurar!
ResponderExcluirum abraço.
Procure mesmo! É uma ótima leitura!
ResponderExcluirAbraços e obrigada pela visita.
Eu sempre tinha lido cada livro como uma canoa que ao longo da viagem até aprendo navegá-la. Entretanto, foi-me apresentado uma obra que não isso, mas várias canoas em algumas vezes nem equilibrei direito o corpo numa e já tenho que pular para outra. Chama-se GIRÂNDOLAS de Daniel da Rocha Leite.
ResponderExcluirGrato JB